<i>Petrogal</i> tem que pagar
«Nunca como agora a administração cavalgou a política de privatização com tanta clareza e desplante», considerou a Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal, num comunicado de dia 9, onde repudia a anunciada alienação de mais 7 por cento do capital social da GALP Energia e exige o pagamento a todos os trabalhadores dos resultados da avaliação de desempenho do ano passado e das actualizações salariais.
«Onde está o dinheiro que os trabalhadores se convenceram ser-lhes devido» em resultado da avaliação de desempenho e «onde pára o dinheiro de todos os trabalhadores, que lhes cabe por direito, face ao real aumento do custo de vida», relativo às actualizações salariais de 2009, é o que pretende saber a CCT, recordando «a existência de centenas de milhões de euros de lucro relativos a 2009 e ao primeiro semestre deste ano».
Lembrando a garantia dada pela a administração em Abril, quando anunciou aumentos de salários de 1,5 por cento para todos os trabalhadores, a CCT da Petrogal reclamou o cumprimento dos compromissos assumidos pela administração, relativos a esta matérias e classificou como «um escândalo» a forma como o Conselho de Administração tem gerido os destinos da petrolífera.
Ao reivindicar «uma gestão séria e não dependente de jogos accionistas e partidários», que ponha «o desenvolvimento da empresa ao serviço do País», a CCT avisou que «qualquer prática remuneratória decidida por “acto de gestão” está sempre sujeita, como de novo se comprova, a ser anulada pela administração», sublinhando que «a existência de uma política salarial de rigor é inseparável de negociações sérias com as organizações sindicais».